quinta-feira, 23 de julho de 2009

QUAL A FUNÇÃO?

Somos condicionados, pela cultura utilitária que nos rodeia e sufoca, a acreditar que tudo tem uma função. Trata-se de uma crença equivocada e desumana. As coisas... mais importantes da vida costumam ser julgada, jsutamente aquelas sobre as quais não cabe falar em função.
Qual a função da amizade?
Qual a função do sublime?
Qual a função da saudade?
Qual a função da política? Da corrupção, do amor, da cultura, do país?
Qual a função do professor? Do aluno?
Qual a função de estarmos aqui? Qual a função da vida?
Será que a função é expurgarmos os impropérios mais inóspito de nossa psiquê doentia? A função pode trazer personagens paradoxais, por vezes incoerentes, mergulhadas num constante processo de amadurecimento, lutando para construir o significado.
Tantos problemas dramaticamente unidos nos fazem pensar que o mundo não só está em crise; encontra-se em violento estado no qual se enfrentam as forças de morte e as forças de vida que se pode chamar de agonia.
Ainda que solidários, os humanos permanecem inimigos uns dos outros, e o desencadeamento de ódios de raça, religião, ideologia conduz sempre à guerras, massacres, torturas, ódios, desprezo.
Os processos são destruidores de um mundo antigo, aqui multimilenar, ali, multissecular. A humanidade não consegue gerar a humanidade. Não sabemos ainda se, se trata só da agonia ou da função de um velho mundo - prenúncio do novo nascimento - ou da agonia mortal.
Nova consciência começa a surgir: a humanidade é conduzida para uma aventura desconhecida.
Em tempos sem limites, individualismo doentio e coisificação do homem - com efeitos nefastos numa sociedade desequilibrada como a nossa, o que nos resta é perguntarmos.
Qual a função?
A humanidade deixou de constituir uma função sem raízes: está enraizada em uma Pátria, a Terra, e a Terra é uma Pátria sem Função e em PERIGO.